Com uma discografia que se espraia por cerca de duas dezenas de álbuns originais e que recua até 1968, os Jethro Tull de Ian Anderson são uma verdadeira instituição do rock britânico, tendo ao longo da sua extensa carreira tocado vários dos estilos, do blues-rock ao jazz de fusão, cruzando mais tarde a folk, o heavy e até a música clássica para criarem a sua própria visão do que ficou conhecido como rock progressivo ou rock sinfónico, corrente de que são um dos expoentes.O grupo que atualmente consiste do líder Ian Anderson e ainda de músicos como o baixista David Goodier, do teclista John O'Hara, do baterista Scott Hammond e do guitarrista Joe Parrish mantém-se ativo e tem até prevista a edição de um novo álbum para 2022, The Zealot Gene. Uma dezena de trabalhos ao vivo reforça também o facto dos Jethro Tull terem sido sempre uma aclamada força de palco, facto que lhes valeu vénias de muitos dos seus pares, de Bruce Dickinson dos Iron Maiden a Eddie Vedder dos Pearl Jam ou até Nick Cave.Com vários sucessos de vendas e de crítica, como os clássicos Thick as a BrickA Passion Play ou War Child e Songs From The Wood, os Jethro Tull forjaram uma identidade única que marcou gerações. E agora preparam-se para regressar a Portugal, 20 anos depois de uma memorável passagem pelo então Pavilhão Atlântico.

O maestro da "trova nova", Pablo Milanés, um dos maiores tesouros da canção de autor em espanhol, vem a Portugal para apresentar Esencia, o seu mais recente espetáculo. Acompanhado por Ivonne Téllez ao piano e Caridad R. Varona no violoncelo, o artista cubano propõe um recital que viajará pela sua ampla carreira que se estende já por seis décadas.
 Milanés foi um dos renovadores da canção cubana e navegou por muitas águas, revelando sempre ser um artista irrequieto, tão atento á tradição como aberto à experimentação e graças a essa altamente criativa postura conquistou o aplauso da crítica e do público internacionais: gravou nueva canción e boleros, jazz e rumbas, son e tanto mais, legando à história importantes obras como "El Breve Espacio", "Para Vivir", "Yolanda", "Ya Ves" e tantas outras, sinónimos de refinamento de uma arte que levou com enorme sucesso a todos os continentes.
 O seu concerto passará por esses marcos de carreira, mas também por preciosidades menos conhecidas, verdadeiras pérolas de uma imensa discografia que se espraia por dezenas de álbuns, o mais recente dos quais, Amor, lançado em conjunto com a sua filha, Haydée Milanés, em 2017.
 Homenageado com Grammy Latino em 2005 e um Grammy de Excelência Musical em 2015, este trovador nunca deixou de procurar desafiar-se: gravou um álbum de standards de jazz em inglês e tem vindo a preparar uma revisitação de alguns marcos da sua carreira em tons salsa com alguns músicos expoentes do género, prova do carácter universal da sua arte. Matéria mais do que suficiente para uma noite absolutamente imperdível.

Avishai Cohen regressa a Portugal com um novo espetáculo.
O músico estudou e formou-se em Nova Iorque, uma das mais musicais cidades do mundo, tornou-se braço direito de Chick Corea, com quem percorreu o planeta e, dos anos 90 em diante, embarcou numa celebrada carreira a solo que já lhe valeu os mais prestigiados prémios e rasgados elogios na imprensa de referência mundial, incluindo o New York Times ou o Guardian. Agora, Cohen pretende usar a visibilidade que conquistou a pulso para ajudar novos músicos, como ele sente que foi ajudado por gigantes como Corea tendo para tal criado o Avishai Cohen Music Award que já este ano distinguiu um duo, Shadow And Light, de Nova Deli, na Índia, prova de uma generosidade que também atravessa a sua música.
Capaz de partir do jazz e de se acercar da pop, de explorar nuances árabes ou israelitas e de ir até à música clássica, Avishai é um portentoso criador que quer convidar-nos a celebrarmos o mais positivo espírito unificador da música nesta digressão especial que vai também passar pelo nosso país. A não perder.

17 Novembro ::: Casa da Música, Porto
18 Novembro ::: Centro Cultural de Belém, Lisboa

A cantora catalã apresentará em Lisboa e Porto, concertos que assentarão sobre a narrativa do seu mais recente álbum 'FARSA, género imposible' (Universal Music Spain, 2020). Os bilhetes já estão disponíveis e podem ser consultados nos links abaixo.
Um ano após o lançamento do muito aclamado álbum FARSA (género imposible), e após vários adiamentos, Silvia Pérez Cruz apresenta finalmente o seu mais recente projecto nos palcos da Casa da Música e do Centro Cultural de Belém. FARSA CIRCUS BAND é o colectivo de excelentes músicos e amigos que acompanharão a cantora nestes dois concertos.
Este regresso a Portugal traz, a Silvia Pérez Cruz, uma estreia: é a primeira vez que a cantora catalã sobe ao palco da Casa da Música e é também a primeira vez que se apresenta em concerto na cidade do Porto.
Silvia Pérez Cruz realizou 7 concertos em Portugal com várias formações nos últimos 12 meses, aos quais se juntam agora os de Lisboa e Porto.

Ficha Técnica
Silvia Pérez Cruz - voz e guitarras
Lucas Delgado - piano
Bori Albero - contrabaixo
Carlos Monfort - violino
Publio Delgado - guitarra
Aleix Tobías - bateria e percussão

Som - Juan Casanovas
Luz - Isabel del Moral
Produção - Fado in a Box

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FARSA (género imposible) é sexto disco de Silvia Pérez Cruz em nome próprio. Um álbum de canções originais que reflecte a relação da cantora catalã com as mais variadas disciplinas artísticas.

                                                                                           O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
    Fernando Pessoa


FARSA (género imposible), gravado durante o ano de 2019, traduz a dedicação de Sílvia Pérez Cruz à composição nos últimos três anos: treze canções originais com letras de sua autoria e alguns poemas de outros autores. Farsa (género imposible) , com o selo da Universal Music, responde à inquietação de Sílvia Pérez Cruz relativamente à dualidade do que mostramos ser e do que realmente somos, sobre como sobrevive a nossa fragilidade interior, do nosso íntimo, nestes tempos em que o superficial é tão arrasador, que o que se vê pode chegar a confundir-se com o que se ouve. Onde o que parece visualmente sumarento pode esta vazio. O buraco. A mentira.

A palavra farsa vem do francês "farsiment": durante os entreactos das comédias da corte do Rei Luís XVI, contratavam cómicos para ocuparem o tempo com vários entretenimentos, geralmente, situações satíricas e histriónicas. Com o tempo, um farsante converteu-se num impostor, numa pessoa que inventa, num mentiroso.

Sílvia Pérez Cruz canta neste disco canções que compôs dialogando com outras disciplinas artísticas como o cinema, a dança, a poesia ou o teatro, entre outras, que se dedicam a expandir a vida, recriando-a.

Muitas vezes fala-se do teatro como o lugar da mentira. E não é uma ideia totalmente incorrecta.
Quem mente sabe que mente. Não se pode mentir sem querer. Para que comece a actuação é preciso fazer-se o mesmo gesto: saber que se está a actuar. Ao contrário da mentira que nasce para tentar ocultar alguma coisa, o teatro procura revelar algum sentido, através da força da repetição.

No teatro (quando acontece) estamos habituados a que a máscara seja a pele, que isso que fazemos com dedicação e esmero é o que somos, pelo menos durante o tempo que dura o
desejo de suster o gesto.

Cada canção deste drama, será o convite a entrar num mundo particular, a viajar desde o quarto solitário até ao grito de amor animal, ao confinamento de uma célula inesperadamente desejada, ao baile
como resposta à dor, ou às palavras da infância recriando sonhos com todos os
brancos dos esquimós.

Mas cada canção será também uma pregunta sobre a verdade. Se o som no seu mistério já nos traz ao corpo sensações inefáveis, o que acontecerá quando se torna canção, quando a palavra encarna e nos transforma? Não será isto tremendo? Não será cada canção que cantamos, também um pequeno quarto a partir de onde tentamos compreender o mundo?

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