A "Paz Perpétua" de Mayorga traz-nos novamente a essa realidade de Arendt, onde a Paz se constrói na falta de moralidade. Referindo-se o próprio título da obra de Mayorga ao ensaio filosófico de Kant que reflete a eterna questão "será que os fins justificam todos os meios?", deixa-nos a premissa de uma reflexão demasiado actual onde é que as medidas de segurança acabam onde é que começa o terrorismo?
O autor espanhol presenteia-nos uma metáfora à ameaça terrorista global através de uma piada, três cães a competir por um lugar num corpo de elite de combate antiterrorista. Com o humor, por vezes negro, mas de um requinte de quem explora mais a suas dúvidas do que certezas, o autor ao dar às suas personagens a forma de animais, pode explorar ideias e conceitos que de tão brutais seriam inconcebíveis sair da boca um ser humano, o que permite alargar a fronteira catártica desta sua metáfora.
Encenação: José Maria Dias
Assistência de Encenação: Graziela Dias
Tradução: Luísa Monteiro
Interpretação: Carlos Pereira, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, Patrícia Paixão, Sara Túbio Costa
Coreografia Cenas de Luta: Carlos Pereira e Eduardo Dias
Cenografia: José Manuel Castanheira
Figurinos: Lucília Telmo | Sonoplastia: Emídio Buchinho
Temas: “Beyond”, “Game Over”, “Corrupt By Design”, “Violence Machine” e “Unto the Frost”
Fotografia, Vídeo e Técnica: Leonardo Silva
Fotografia: Helena Tomás
Informações e reservas: 932 570 979 / Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.